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Para pensar ….de leve!

  • Foto do escritor: Beto Scandiuzzi
    Beto Scandiuzzi
  • 15 de jan. de 2021
  • 1 min de leitura

Sempre que eu vejo nessas cidadezinhas do interior um casal de velhinhos passeando à tardezinha pela avenida numa Brasília amarela antiga, ela, de permanente, unhas esmaltadas de rosa, sentadinha bem junto a ele, quase em cima do freio de mão, penso como pensou um dia o poeta Mário Quintana numa cena parecida: a gente poderia chamar isto de felicidade.

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Não sei por que, mas quando eu vejo um idoso, aparentemente mais acabado que eu, penso sempre que ele deve ser uns quantos anos mais velho que eu.

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Lá na terra onde eu nasci se dizia que um homem que não bebia, não fumava e não farreava, tinha tudo para ser um defunto sadio.

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Quando vejo passeando garboso, cabelo preto bem penteado a puro gel, um jovem num Uno bem velho, fico com uma inveja danada. Não do Uno que tem muitos anos, mas do jovem que têm poucos.

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As coisas andam tão rápidas ultimamente, que ninguém se espante, um dia, ao abrir o jornal de manhã e topar com a notícia da sua própria morte.

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A gente percebe bem que a idade chegou quando se comemora a abertura de uma farmácia próxima da sua casa.

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A gente só morre definitivamente quando já ninguém mais se lembra de você.

Janeiro, 2021

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