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Antônio Maria

  • Foto do escritor: Beto Scandiuzzi
    Beto Scandiuzzi
  • 11 de abr. de 2019
  • 1 min de leitura

Num diário curto e intimista escrito num caderno colegial entre março e abril de 1957 e somente editado alguns anos atrás, Antônio Maria escreveu as dez coisas que ele mais gostava, e de que precisava sempre, pela ordem: mulher, cigarro, frio, música, comida, bebida, poesia, piscina-mar, as flores e o campo.

Antônio Maria foi um dos principais cronistas da geração de ouro dos jornais e revistas do Rio de Janeiro nas décadas de 50 e 60. Amigo da noite, de Vinícius de Moraes, Rubem Braga, Jorge Amado e muitos outros. Além de crônicas escreveu quase uma centena de músicas, entre elas, o clássico samba-canção, que alguns chamavam de samba de fossa, “Ninguém me ama”, sucesso absoluto naqueles anos e até gravado, em português e com raro sotaque, pelo Nat King Cole.

Qualquer um poderia discordar da lista dele, alterar aqui, aparar ali, inverter a ordem, mas que se trata de um listão isso ninguém duvida, mesmo passados tantos anos. Tinha 36 anos quando as listou.

Antônio Maria, carioca da gema, morreu aos 43 anos, numa madrugada de primavera fulminado por um ataque cardíaco numa calçada de Copacabana, cenário habitual de suas crônicas e noitadas daquele Rio antigo e maravilhoso. Sem que alguém pudesse fazer alguma objeção à sua lista.

Fevereiro, 2019

Frases de Antônio Maria:

“Solidão é quando o coração, se não está vazio, sobra lugar nele que não acaba mais.”

“É muito importante isto de alguém nos incluir em seus planos de felicidade.”

“Amor a gente espera, como o pescador espera o seu peixe, ou o devoto espera o seu milagre: em silêncio, sem se impacientar com a demora.”

 
 
 

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